“Está a haver problemas de cumprimento do serviço público desde 01 de agosto, fruto da não renovação de contrato de um prestador e não substituição dos colegas em gozo de férias”, acusou Samuel Vieira, do Sinquadros e membro da Comissão de Trabalhadores dos CTT.
Sobreira, Recarei, Aguiar do Sousa, Baltar e Parada, no concelho de Paredes, Avintes, em Vila Nova de Gaia, Moreira de Cónegos, São Lourenço de Sande, Donim, Salvador de Briteiros e Lordelo, em Guimarães, e União de Freguesias de Carreira e Refojos de Riba de Ave, em Santo Tirso, são algumas das freguesias onde estão a existir problemas de entrega de correspondência, enumerou Samuel Vieira.
Em declarações à Lusa por escrito, fonte oficial dos CTT - Correios de Portugal explica que as localidades referidas são "zonas onde estão a decorrer renovações de contratos e onde têm ocorrido algumas perturbações no fluxo normal de entrega de correio, fruto também da dificuldade na contratação de funcionários por parte dos prestadores de serviço, particularmente desafiante no período de verão”.
A empresa CTT disse que a situação "estará regularizada muito em breve” e acrescentou ainda que há “casos pontuais e localizados, onde a distribuição do correio está a ser assegurada pelos próprios CTT, incluindo através de trabalho suplementar ao sábado”.
O presidente da Junta de Freguesia de Sobreira, João Gonçalves, adiantou à Lusa que enviou na quinta-feira uma “participação de situação anómala referente ao serviço de distribuição postal pelos CTT” para a Provedoria da empresa, com o conhecimento da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), e para o gabinete do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nunes Santos.
“Acho o assunto esquisito e dificilmente aceitável. É uma espécie de sequestro de correspondência e outros bens”, disse João Gonçalves, recordando que a freguesia está sem distribuição de correspondência há vários dias, facto que é “agravado pela ausência de uma informação pública”.
Na missiva enviada ao ministro, datada de quinta-feira, o autarca da freguesia de Sobreira, João Gonçalves, apela à "urgente intervenção” das autoridades “com poderes de mediação e de superintendência, com vista o restabelecimento da normalidade da distribuição da correspondência”.
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