Se é português e está em Bruxelas envie-nos o seu relato resumido dos acontecimentos para o e-mail conteudos@mail.sapo.pt. Os relatos serão partilhados neste artigo.

"Acordámos sobressaltados em Bruxelas, com mensagens de amigos e familares a perguntar se está tudo bem. A minha mãe e avó estão de visita e tinhamos planeado ir ao centro da cidade esta manhã. A minha mulher foi trabalhar esta manhã e chegou sem sobressaltos à empresa, de onde tem indicações para não sair nem durante a hora de almoço. Estamos seguros, mas assustados e muito preocupados com o que se passa em Bruxelas. Moramos a 2 minutos do Parlamento Europeu e a estação de metro Maelbeek, onde aconteceu a terceira explosão esta manhã após as duas registadas no aeroporto de Zaventem, fica a 5 minutos a pé de nossa casa. Temos voo marcado para Lisboa no próximo sábado para irmos passar a Páscoa com a família. Vamos ver se conseguimos ir."

Jorge Alexandre, português a residir em Bruxelas

"Trabalho na rua onde houve a explosão da estação de metro. É aqui umas portas abaixo do meu emprego. Eu já estava no emprego quando a explosão aconteceu. Agora estamos barricados dentro do edifício porque a polícia fechou toda a Rua de la Loi e não deixa ninguém entrar ou sair. Até novas ordens, estamos aqui fechados. Estou calma. Estamos todos bem aqui no escritório, a dar apoio uns aos outros. Ajuda estar rodeada de gente."

Ana Sousa, radicada em Leuven, trabalha em Bruxelas

"Vivo em Bruxelas há 17 anos e apesar de saber que o risco terrorista é muito grande nunca imaginei o que se está a passar! Esta manhã apanhei o metro apenas 20 minutos antes do ataque terrorista, a estação de metro onde aconteceu o ataque fica numa zona onde trabalham milhares de pessoas que trabalham para as instituições Europeias e a dois minutos da embaixada Portuguesa… Atualmente estou no escritório e felizmente estou bem assim como a minha família, vendo as imagens que passam nos meios de comunicação as coisas estão muito feias e tenho receio que isto seja só o princípio. A cidade está num caos e no escritório onde trabalho as pessoas estão todas em estado de choque, as escolas estão fechadas, os transportes estão cortados e parece-me que ninguém sabe o que fazer. Pela primeira vez em muitos anos tenho uma forte vontade de regressar a Portugal…"

Filipe Pereira, português a residir em Bruxelas

"Um dos atentados foi no meu bairro (Schuman/Maelbeek), a meros metros de minha casa, mas já estava no trabalho. Está tudo um pouco confuso. Não nos deixam sair do Parlamento. Não se sabe muito bem o que vai acontecer agora. As pessoas têm viagens marcadas para voltar a Portugal, mas acho que vai ser tudo cancelado nos próximos dias. No Parlamento vivem-se momentos de muita apreensão. Ainda não se sabe se o edifício vai ser evacuados ou não. O secretário Geral do PE vai enviando umas mensagens por email. Há receios de que este também seja um alvo."

Milton Nunes, funcionário do Parlamento Europeu

"Acordei com a notícia de que tinha havido uma explosão no aeroporto de Bruxelas. Foi o meu marido que telefonou a avisar, a partir do Parlamento Europeu, onde trabalha. Neste momento o ambiente em Bruxelas é de sirenes. É a única coisa que se ouve por toda a cidade. O barulho de aviões parou completamente. Eu moro a 10 minutos do aeroporto, e por aqui passam sempre muitos aviões, mas agora é o silêncio total. As ruas estão desertas de pessoas. O número de tropas quadruplicou nas últimas horas, principalmente junto aos edifícios das instituições europeias e edifícios governamentais. As mensagens trocadas com o meu marido neste momento são mais que muitas, para perceber como é que ele vai regressar a casa. As respostas tardam em chegar." (leia o relato completo aqui)

Susana Krauss, portuguesa a residir em Bruxelas

Número de emergência para informações: 0032 250 647 11

Embaixada de Portugal em Bruxelas: 0032 228 643 70