“Há um número significativo de trabalhadores, cerca de 230 mil, que não tiveram qualquer valorização remuneratória, mas sabemos que outros tiveram”, afirmou Helena Rodrigues à saída da reunião com a nova secretária de Estado da Administração e do Emprego Público, Fátima Fonseca, no Ministério das Finanças.
A dirigente sindical disse aos jornalistas que durante o encontro houve uma “abordagem” ao relatório do Governo sobre o impacto orçamental do descongelamento de carreiras, documento ainda não divulgado, onde constará esse número.
Helena Rodrigues adiantou que o documento revela uma “disparidade de análise e de situações” e que a única certeza que há é de que o descongelamento das carreiras será feito “por fases” e abrangerá todos os trabalhadores, com ou sem progressões nos últimos anos.
Sobre o faseamento e a forma como será feito o descongelamento das carreiras, que estão congeladas desde 2010, nada foi dito, acrescentou a sindicalista.
Para a dirigente sindical, que esperava do encontro de hoje medidas concretas do Governo, “a austeridade mantém-se para os trabalhadores da administração pública, embora comunicada de forma diferente”.
“A forma mais justa [para o descongelamento das carreiras] é repor a legalidade, ou seja, repor a lei que estava em vigor relativamente a cada carreira”, considerou a presidente do STE.
“Vamos esperar pela segunda reunião, analisar o relatório e vamos ver se o Governo vem mais ao nosso encontro porque neste momento não houve essa aproximação”, concluiu Helena Rodrigues.
A dirigente disse ainda que “está colocada de parte qualquer atualização remuneratória” para o próximo ano. O STE exigia aumentos salariais de 2% para 2018.
Depois do STE, serão recebidos esta tarde pela secretária de Estado a Frente Comum e a Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP).
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