Ana Manso, que também já foi deputada do PSD, está acusada, em conjunto com o seu antigo secretário pessoal, dos crimes de peculato e de falsidade informática, por, após ter sido exonerada do cargo de presidente da ULS, ter continuado a receber ajudas de custo.
Segundo a acusação, entre 30 de novembro de 2012 e 30 de dezembro de 2013, a arguida recebeu despesas de representação no valor de 1.131,89 euros mensais, e não no montante de 583,80 euros, “como lhe era devido, dadas as funções assumidas a partir de 22 de novembro de 2012, como Administradora Hospitalar de 1.ª Classe”.
Naquele período, Ana Manso “auferiu indevidamente a quantia global de 6.577,08 euros a título de despesas de representação, sem dar disso conhecimento ao Serviço de Recursos Humanos e ao Serviço de Vencimentos da Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E., fazendo seu aquele montante”, é referido.
O Conselho de Administração que se seguiu a Ana Manso, liderado por Vasco Lino, também vai ser julgado pelo crime de abuso de poder, por autorizar a reposição, pela arguida, dos valores indevidamente processados e inviabilizado a instauração de processo disciplinar aos dois arguidos.
O julgamento está marcado para as 09:30, para o Tribunal da Guarda.
Em 2015, Ana Manso foi absolvida, pelo mesmo tribunal, da prática de um crime de abuso de poder, por ter votado a transferência do marido, Francisco Manso, de Castelo Branco para a Guarda, e, logo depois, ter promovido a sua nomeação para auditor interno da ULS/Guarda a que presidia em 2012, sem referir o parentesco.
Ana Manso desempenhou as funções de presidente da ULS da Guarda entre dezembro de 2011 e novembro de 2012, e atualmente é administradora hospitalar na mesma instituição.
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