Em comunicado, o serviço europeu de polícia (Europol) refere que as investigações revelaram que o alegado líder e vendedor deste grupo, um dos oito detidos na operação, vendia “notas falsas de 20, 50 e 100 euros na ‘Darknet’ [rede fechada e secreta de comunicação na internet] por cerca de 30% do seu valor nominal”.
“Estima-se que o grupo recebeu mais de 160 mil euros” em (moeda virtual) ‘bitcoin’, “que foram depois vendidos a um cambista em Malta”, afirma a Europol.
O alegado vendedor, acrescenta, “tinha vários perfis em mercados diferentes e tinha cúmplices na zona de Nápoles”, em Itália.
Durante o inquérito, “foram também identificados centenas de compradores de euros falsificados”.
A Europol apoiou as autoridades italianas na investigação deste caso desde janeiro de 2015, facultando “análises operacionais e coordenando atividades em diferentes países”.
Esta investigação contou com a colaboração de autoridades policiais da Áustria, da França, da Alemanha, da Lituânia, de Portugal, de Espanha, da Suécia e dos Países Baixos, designadamente “através de troca de informações e do rastreio dos compradores de euros falsificados nos seus países”.
O vice-diretor de operações da Europol, Wil van Gemert, considerou esta operação como “um excelente exemplo de como a cooperação policial e a troca efetiva de informações são vitais para combater este crime”.
“Os serviços ocultos na ‘darknet’ e os pagamentos em ‘bitcoins’ podem dar aos vendedores e compradores uma falsa sensação de anonimato. No entanto, a Europol e os seus paceiros estão empenhados em investigar o comércio sombreado de produtos ilegais e em garantir que estes criminosos são levados à justiça”, refere ainda o responsável.
De acordo com a Europol, é cada vez maior o número de fabricantes de moeda falsa que oferece os seus produtos na ‘Darknet’, juntamente com drogas e outras mercadorias ilegais.
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