A conferência, organizada nomeadamente por Ivanka Trump, filha do presidente e empresária, insere-se no programa oficial da visita de Trudeau a Washington.
Na sua intervenção, Donald Trump afirmou que “o sistema não está a funcionar assim tão bem” para os empreendedores, em especial para as mulheres.
E Trudeau defendeu que a participação das “mulheres nos negócios é uma poderosa alavanca para o êxito”.
Fontes da Casa Branca indicaram anteriormente que Trump e Trudeau devem anunciar um grupo de trabalho com membros dos dois países para discutir aspetos sociais da participação das mulheres no mundo laboral, como licenças de maternidade.
Após a mesa-redonda, os dois dirigentes reunem-se a sós, um primeiro encontro face a face considerado delicado dado o interesse de Trudeau de renegociar o acordo de comércio livre ao mesmo tempo que mantém com Trump divergências claras, em matérias como a imigração ou o comércio externo.
Terceiro dirigente estrangeiro a ser recebido por Donald Trump, depois da britânica Theresa May e do japonês Shenzo Abe, o primeiro-ministro canadiano prometeu falar com “franqueza e respeito”.
Importantes relações económicas ligam os dois grandes países, que partilham a maior fronteira do mundo entre dois Estados.
Os EUA recebem três quartos das exportações canadianas e o Canadá é o principal destino das exportações de três dezenas de Estados norte-americanos.
Politicamente, Trudeau, 45 anos, e Trump, 70, têm posições muito distintas.
O primeiro-ministro canadiano é um fervoroso defensor do comércio livre, acolheu 40.000 refugiados sírios, considera-se um feminista e nomeou mulheres para metade dos cargos no seu governo.
O presidente norte-americano, pelo contrário, prefere o protecionismo e isolacionismo comercial, propôs fechar fronteiras a refugiados e outros migrantes e não só fez declarações consideradas misóginas sobre mulheres como nomeou muito poucas para a sua administração.
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