As medidas, que entram em vigor às 22:00 de domingo (hora de Lisboa), foram hoje anunciadas pelo secretário da Saúde, Alex Azar, que declarou uma emergência de saúde pública devido à propagação do vírus.
Enquanto os estrangeiros que tenham visitado a China nos 14 dias anteriores ficarão impedidos de entrar em território norte-americano, os cidadãos dos EUA serão obrigados a ficar 14 dias de quarentena se tiverem visitado a província de Hubei, onde se encontra o epicentro da epidemia.
Os norte-americanos que tenham visitado outra província chinesa que não Hubei serão convidados a fazer uma "quarentena autoimposta", com supervisão.
Os familiares diretos dos norte-americanos e os residentes permanentes dos EUA serão sujeitos ao mesmo regime que os norte-americanos.
"São medidas preventivas, o risco é baixo nos Estados Unidos", disse Alex Azar.
Todos os voos provenientes da China serão dirigidos para sete aeroportos norte-americanos: New York JFK, Chicago, San Francisco, Seattle, Atlanta, Honolulu e Los Angeles.
O anúncio do secretário da Saúde surge depois de o Departamento de Estado emitir um aviso contra viagens de nível 4 (o mais alto) e apelar aos norte-americanos na China que considerem sair do país por meios comerciais.
A China elevou para 213 mortos e quase 10 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 50 casos de infeção confirmados em 23 outros países, com as novas notificações na Rússia e na Suécia.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.
Uma emergência de saúde pública internacional supõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.
Esta é a sexta vez que a OMS declara uma emergência de saúde pública de âmbito internacional.
Para a declarar, a OMS considerou três critérios: uma situação extraordinária, o risco de rápida expansão para outros países e a exigência de uma resposta internacional coordenada.
O Ministério da Saúde vai disponibilizar instalações onde os portugueses provenientes de Wuhan, na China, possam ficar em “isolamento profilático” voluntário.
O Hospital Pulido Valente, em Lisboa, e o Hospital Militar, no Porto, serão as unidades a receber os portugueses que regressarem de Wuhan.
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