“É improvável que a viatura e aqueles que morreram estivessem ligados ao ISIS-K”, ou representassem “uma ameaça direta às forças dos EUA [Estados Unidos da América]”, disse o general Kenneth McKenzie, líder do Comando Central das forças norte-americanas no Afeganistão.
De acordo com Kenneth McKenzie, a investigação do Exército concluiu agora que o ataque foi “um erro trágico”, assumindo “responsabilidade total”.
“Endereço as minhas sentidas condolências à família e aos amigos dos que foram mortos”, prosseguiu.
Kenneth McKenzie recordou que o ataque de drones, em 29 de agosto, ocorrido em Cabul, deveria evitar uma “ameaça iminente” do Estado Islâmico, após alguns dias de uma ofensiva do grupo extremista que matou 13 militares norte-americanos perto do aeroporto da capital afegã.
Em 29 de agosto, os Estados Unidos realizaram um ataque contra “um organizador” do ramo do grupo extremista Estado Islâmico (EI) no Afeganistão, que reivindicou o atentado terrorista no aeroporto de Cabul.
Este ataque ocorreu um dia depois do ataque bombista, reivindicado pelo Estado Islâmico da Província de Khorasan (ISKP, na sigla em inglês), que no Afeganistão é considerado inimigo dos talibãs.
O Presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu “caçar e fazer pagar” os autores do atentado bombista, que causou pelo menos 170 mortos e 150 feridos, incluindo 13 soldados norte-americanos.
Os talibãs conquistaram Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.
As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e aliados na NATO, incluindo Portugal.
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