"Centenas de milhares, talvez milhões, de uigures estão a ser mantidos contra a sua vontade nos chamados campos de reeducação, onde são submetidos a uma rígida doutrinação política e a outros horríveis abusos", afirmou o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.
"As suas crenças religiosas estão a ser aniquiladas", lamentou, expressando também preocupação pelos cristãos na China, que acusa Pequim de "fechar igrejas, queimar bíblias e forçar os fiéis a assinar documentos para renunciar à fé".
Mike Pompeo afirmou ainda que não está a considerar sanções a Pequim, como exigiram alguns congressistas republicanos e democratas.
A China tem negado sempre a existência de "centros de reeducação" ou de "detenção arbitrária", e argumenta tratarem-se de "centros de educação vocacional". Os internamentos são justificados pelas autoridades chinesas pela necessidade de ajudar "os que foram enganados pelo extremismo religioso (...) através do reassentamento e educação".
As autoridades chinesas insistem que são necessárias medidas duras para punir separatistas e extremistas religiosos na região, que concentra mais de 13 milhões de muçulmanos.
Em 2009, a capital do Xinjiang, Urumqi, foi palco dos mais violentos conflitos étnicos registados nas últimas décadas na China, entre os uigures e a maioria han, predominante em cargos de poder político e empresarial regional.
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