“O estudo não recomenda a internalização do serviço de bares pela CP e a principal razão que aponta é a falta de experiência da CP neste setor e os riscos que traria para a CP e para a própria degradação do serviço”, adiantou o secretário de Estado, na reta final da audição no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2024.
Por outro lado, prosseguiu, o relatório refere que a degradação sucessiva da qualidade do serviço de bar nos últimos anos tem prejudicado o próprio equilíbrio económico do serviço e que a melhor forma de melhorar as receitas é melhorando também a qualidade do serviço.
“O que a CP está a fazer neste momento é procurar um prolongamento do atual contrato [de concessão] durante alguns meses em 2024, de forma a ganhar tempo para desenhar um novo caderno de encargos que possa refletir esta conclusão do estudo que foi encomendado”, explicou o secretário de Estado.
A 20 de abril, a CP - Comboios de Portugal anunciou que tinha adjudicado os serviços de cafetaria e bar nos comboios Alfa Pendular e Intercidades à empresa Newrail - Restauração e Serviços.
A concessão estava antes entregue à Apeadeiro 2020, mas o serviço estava suspenso há várias semanas, pois a concessionária deixou de pagar salários aos trabalhadores em fevereiro e anunciou que ia pedir a insolvência.
Face a esta situação, os trabalhadores fizeram greve em março e abril e organizaram vigílias nas estações de Campanhã, no Porto, e de Santa Apolónia, em Lisboa, reclamando que os seus salários e contratos fossem assegurados diretamente pela CP, pelo menos enquanto não houvesse um novo concessionário.
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