Autor de cerca de 20 romances e ensaios, nove peças de teatro e cinco guiões de cinema, P.O. Enquist, como era conhecido, era uma das referências literárias suecas mais internacionais.
Jornalista desportivo e saltador em altura na juventude, Enquist (nascido em Hjoggböle, 1934) estreou-se em 1961 com o romance "Kristallögat" (O Olho de Cristal), a que se seguiu "Magnetisörens femte vinter (O Quinto Invierno do Magnetizador, 1964).
Con "Legionärerna" (Os Legionários, 1968), obteve fama fora da Suécia e ganhou o Prémio de Literatura do Conselho Nórdico.
A estreia como dramaturgo foi em 1975, com "Tribadernas Natt" (A Noite das Tríbades), outra obra com a qual ultrapassou as fronteiras do seu país.
Após escrever um único romance na década seguinte, "Nedstörtad ängel" (O Anjo Caído), regressou ao género em 1992, com "Kaptens Nemos bibliotek" (A Biblioteca do Capitão Nemo) e "Livläkarens Besök" (A Visita do Médico Real, 1999).
Com esta última obra ganhou o primeiro dos seus prémios Augusto, o galardão mais importante da literatura sueca, que voltou a obter com o livro de memórias "Ett Annat Liv" (Outra Vida, 2008), em que conta a sua batalha pessoal contra o alcoolismo.
O último livro, "Liknelseboken" (O Libro das Parábolas, 2013) é uma continuação da autobiografia de um autor considerado um dos ícones da cultura sueca contemporânea.
“Foi um autor muito prolífico, ativo no debate social e um dos escritores mais importantes”, declarou hoje a jornalista e crítica Eva Ekselius, autora de uma tese sobre a obra de Enquist.
Além da produção estritamente literária, Enquist escreveu guiões para vários filmes, entre os quais "Pelle, O Conquistador", do dinamarquês Bille August, que ganhou o Óscar de melhor filme estrangeiro em 1987.
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