“O objetivo da operação é obter a rendição da Turquia em todos os domínios, das finanças à política. Enfrentamos de novo uma conspiração política secreta. Com a ajuda de Deus, vamos ultrapassar isto”, declarou Recep Tayyip Erdogan, perante apoiantes reunidos em Trébizonde, no Mar Negro.
Se os Estados Unidos estão dispostos a sacrificar as suas relações com Ancara, a Turquia vai reagir procurando “novos mercados, novas parcerias e novos aliados”, ameaçou.
“Só podemos dizer adeus a alguém que decide sacrificar a sua parceria estratégica e uma aliança de meio século com um país de 81 milhões de habitantes para salvaguardar as suas relações com grupos terroristas”, insistiu.
A Turquia e os Estados Unidos são parceiros na NATO e os norte-americanos têm uma base importante em Incirlik, no sul do país, atualmente usada nas operações contra o grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico.
No entanto, nos últimos meses, Ancara tem vindo a criticar o apoio dos Estados Unidos na Síria às Unidades de Proteção do Povo Curdo, uma milícia que a Turquia vê como uma ameaça.
Por sua vez, os Estados Unidos exigem a libertação imediata do pastor norte-americano Andrew Brunson, detido na Turquia e acusado de “terrorismo” e “espionagem”.
A Turquia responde pedindo a extradição de Fethullah Gülen, um opositor turco radicado há perto de 20 anos em território norte-americano.
No meio deste diferendo, a lira turca, em dificuldades há vários meses, registou uma queda muito acentuada face ao dólar na sexta-feira, após o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado na rede social Twitter que vai duplicar as tarifas impostas às importações de aço e de alumínio provenientes da Turquia.
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