Mladenov interveio na reunião de emergência do Conselho de Segurança sobre aqueles acontecimentos e frisou que Israel deve “calibrar o uso da força” e só utilizar meios letais como último recurso.
“Deve proteger as suas fronteiras de infiltrações e terrorismo, mas deve fazê-lo de forma proporcionada e investigar, de forma independente e transparente, cada incidente que tenha levado à perda de vidas”, disse.
“O Hamas, que controla a Faixa de Gaza, não deve usar os protestos como capa para colocar bombas na vala [da fronteira] e criar provocações, os seus operacionais não devem esconder-se entre os manifestantes e pôr em risco vidas civis”, acrescentou.
Mladenov recordou que segunda-feira, em que segundo o Ministério da Saúde palestiniano morreram 60 pessoas e 2.711 ficaram feridas, foi o dia mais sangrento desde a guerra de 2014.
“Este ciclo de violência em Gaza tem de acabar, porque se não, vai explodir e arrastar toda a região para outra confrontação mortífera”, disse.
Mladenov pediu contenção a todas as partes envolvidas e disse que está em contacto com distintos atores para evitar uma escalada da violência.
Os protestos de segunda-feira inserem-se no movimento de contestação designado “marcha de retorno”, iniciado a 30 de março, e ocorreram no mesmo dia em que foi inaugurada a embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém.
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