Duas turmas, nas áreas de Humanidades e Ciências e Tecnologias, “deram início ao ensino secundário público no concelho da Nazaré”, divulgou hoje a Câmara, assinalando o arranque das aulas na Escola Básica e Secundária Amadeu Gaudêncio.

As aulas, que tiveram início quase duas semanas depois do arranque do ano letivo a nível nacional, começaram “numa altura em que ainda decorrem as obras de beneficiação”.

João Mangueta, da Direção do Agrupamento de Escolas da Nazaré, estima que se “irão prolongar por mais 15 dias”, como explicou durante a receção aos pais e alunos da escola.

As obras, que representam um investimento de 349 mil euros (149 mil dos quais comparticipados pelo Ministério da Educação), incluem a construção de seis salas novas, a substituição da cobertura e a melhoria dos laboratórios.

A intervenção, efetuada em parceria pela Câmara e pelo Mistério da Educação, possibilitou que pela primeira vez a Nazaré tivesse ensino secundário público, na sequência dos pedidos feitos pelo executivo à tutela para a ampliação da oferta pública até ao 12.º ano.

O objetivo foi, segundo o vereador da Educação, Manuel Sequeira, responder “às preocupações manifestadas por pais, encarregados de educação e pelo Conselho Municipal de Educação”, e travar “a saída de alunos para concelhos vizinhos, onde podiam prosseguir os estudos no secundário público”.

A abertura de turmas de ensino secundário na Escola Amadeu Gaudêncio obrigou à redução de turmas no Externato D. Fuas Roupinho, até este ano a única alternativa para os alunos que pretendessem prosseguir os estudos na Nazaré.

O atraso na abertura das aulas tem sido contestado por alguns candidatos às próximas eleições autárquicas, mas, segundo o diretor do agrupamento, citado numa nota de imprensa, “só em novembro de 2016 é que o processo foi desbloqueado junto da tutela, e nessa altura já se previa que a intervenção se atrasasse em cerca de duas semanas”.

De acordo com o responsável, as obras estão a decorrer com dinheiro “adiantado pela Câmara” e as aulas em falta “serão compensadas” durante o ano letivo.