“A resposta será clara, mas haverá condições”, disse Emmanuel Macron durante uma conferência de imprensa conjunta com a sua homóloga moldava, Maia Sandu, quando a França ocupa a presidência rotativa do Conselho da União Europeia, até 30 de junho.
“Devemos enviar um sinal positivo e claro à Moldova. No entanto, quero manter as condições para construir precisamente a unanimidade, o consenso”, defendeu Macron, na capital da Moldova.
O Presidente francês estabeleceu uma relação entre esta “mensagem positiva” que deseja e a situação geopolítica, marcada pela guerra na Ucrânia, país vizinho da Moldova, que acolheu dezenas de milhares de refugiados.
A Moldova apresentou a sua candidatura à UE em 03 de março, alguns dias depois da Ucrânia e algumas horas depois da Geórgia.
“Sabemos que a integração europeia da Moldova será um processo longo e complexo, que exigirá esforços sustentados. Sejamos claros, não procuramos atalhos neste processo. (…). Queremos ser julgados pelos nossos méritos”, reagiu a Presidente Maia Sandu.
Como “complemento” ao processo de adesão à UE, Emmanuel Macron voltou a defender o projeto de uma “comunidade política europeia”, proposto no início de maio e que poderá ser “finalizado a curto prazo” para tentar dar respostas nas áreas da “segurança, defesa, energia, infra-estruturas”.
A presidente moldava apreciou positivamente esta solução alternativa avançada por Macron, que foi criticada por outros líderes como representando um “tratamento de segunda classe”.
Macron viajou até à Roménia e à Moldova, num périplo inteiramente dedicado à guerra na Ucrânia, enquanto decorre em França a segunda volta das eleições legislativas, em que está em jogo a sua maioria parlamentar.
Esta foi a sua primeira visita ao leste da Europa desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.
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