"Apenas alguns estados, especialmente a Hungria, que levantaram problemas", disse Habeck à televisão pública alemã ZDF na segunda-feira à noite. Mas "as discussões continuam" e "acho que conseguiremos um avanço em poucos dias".
A UE já anunciou o fim das importações russas de carvão a partir de agosto próximo, mas um embargo de petróleo até ao final do ano ainda está em discussão.
"Um embargo está próximo", notou Habeck, que sublinhou que as sanções europeias devem ser decididas por unanimidade.
Originalmente, Bruxelas previa interromper as importações de petróleo bruto russo no espaço de seis meses e de produtos refinados até ao final de 2022.
Mas a Hungria tem recusado o sexto pacote de sanções proposto pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, por falta de garantias sobre a manutenção do seu abastecimento.
O primeiro-ministro húngaro, Victor Orban, que endossou todas as sanções europeias até ao momento, apesar da sua proximidade com o Presidente russo, Vladimir Putin, também teme um aumento de preços.
Um país sem litoral ou acesso ao mar, a Hungria depende do petróleo trazido da Rússia pelo oleoduto Druzhba.
Budapeste solicitou assim uma isenção para o abastecimento por esta rota, representando uma pequena parte das compras europeias: 0,7 dos 2,8 milhões de barris por dia.
Uma extensão de dois anos oferecida à Hungria, Eslováquia e República Checa foi considerada insuficiente pelo governo húngaro.
A Hungria pediu pelo menos quatro anos e quase 800 milhões de euros em financiamento europeu para adaptar as suas refinarias e aumentar a capacidade do gasoduto Adria, que vem da Croácia.
Desde a invasão da Ucrânia, a UE também procurou reduzir rapidamente a sua dependência do gás russo.
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