"Tem sido, como é que eu hei de dizer, uma pré-campanha e uma campanha em geral longa, exaustiva, com muitas entrevistas, com muitos debates, com muito esclarecimento dos cidadãos. E o Presidente da República também é cidadão, também tem o seu direito de voto, portanto, também ganha com o esclarecimento", declarou.
Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas à saída do lançamento do livro "Uma campanha americana: Humberto Delgado e as Presidenciais de 1958", da jornalista da TVI Joana Reis, editado pela Tinta-da-China, no Museu da Presidência da República, em Lisboa, disse que está a acompanhar o período eleitoral "atentíssimo, como qualquer cidadão".
Quanto à sua atuação até ao dia das eleições legislativas, o chefe de Estado referiu que, "para não haver sobreposições nem interferências, há de facto uma agenda reduzida ao mínimo".
"São compromissos internacionais - as Nações Unidas, entre dia 22 e dia 25 ou 26 -, uma ou outra cerimónia que já estava apalavrada, em termos militares, uma na Escola Naval e outra a ida às Operações Especiais em Lamego, e penso que muito pouco mais", adiantou.
Durante a apresentação do livro sobre Humberto Delgado, Marcelo Rebelo de Sousa manifestou-se impressionado com a rapidez com que foi organizada aquela campanha às presidenciais de 1958: "Como é que foi possível, em menos de um mês?".
À saída, a comunicação social perguntou-lhe quanto tempo levará a preparar a sua eventual campanha a um segundo mandato, mas o Presidente da República não se alongou no tema, remetendo, uma vez mais, para o verão de 2020 a sua decisão sobre uma recandidatura.
"Como sabem, as eleições presidenciais são só em janeiro de 2021. Antes do final de setembro ou outubro do ano que vem haverá novidades", respondeu.
Antes, numa breve intervenção, o Presidente da República elogiou a jornalista Joana Reis pelo livro "surpreendente" e também o historiador e antigo dirigente social-democrata Pacheco Pereira, "o melhor apresentador possível para esta obra".
Após ouvir a sua exposição, o chefe de Estado considerou que "faz falta ouvir historiadores" e anunciou a intenção de fazer um ciclo de conversas com alunos sobre história portuguesa contemporânea no Palácio de Belém, num modelo semelhante ao dos "Escritores no Palácio" e dos "Cientistas no Palácio".
(Notícia atualizada às 21h45)
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