Segundo os resultados provisórios das eleições de hoje divulgados no 'site' da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, quando já estavam apuradas todas as freguesias, a abstenção terá ficado nos 44,49%, quando estavam recenseados 257.232 eleitores.
O valor recorde da abstenção desde 1976, ano das primeiras eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira, tinha-se registado em 2015, quando não foram votar 50,42% dos 256.755 eleitores inscritos.
Há 43 anos, no primeiro escrutínio para o parlamento madeirense, 25,21% dos 143.403 eleitores não foram às urnas, mas foi quatro anos depois, em 1980, que se obteve a menor taxa de abstenção em regionais na Madeira: 19,15% (estavam recenseados 153.439 eleitores).
Em 1984 começou a tendência de subida, com a taxa a chegar aos 28,57% (169.419 eleitores recenseados) e em 1988 para os 32,35% (185.340 eleitores inscritos).
Nas duas décadas seguintes, os números continuaram sempre a subir: 33,47% em 1992 (196.589 eleitores recenseados), 34,74% em 1996 (208.486 eleitores recenseados), 38,09% em 2000 (209.541 eleitores recenseados) e 39,53% em 2004 (227.774 eleitores recenseados).
Em 2007, a abstenção ‘estagnou’, mantendo-se em 39,25% (231.606 eleitores recenseados), para voltar a subir em 2011, para os 42,62% (256.755 eleitores recenseados) e, depois, para pouco mais de 50% em 2015.
De acordo com o escrutínio provisório, o PSD venceu hoje as eleições legislativas regionais da Madeira, com 39,42% dos votos, mas perdeu, pela primeira vez, a maioria absoluta, elegendo 21 dos 47 deputados.
O PS obteve 35,76% e elegeu 19 deputados, enquanto o CDS-PP, com 5,76% dos votos e três deputados, foi a terceira força política mais votada, seguido pelo JPP, com 5,47% e também três parlamentares.
A CDU conquistou um lugar, depois de alcançar 1,80% dos votos.
Mais nenhum partido conseguiu eleger deputados para a Assembleia Legislativa da Madeira.
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