“A importância do investimento na ferrovia é um dos grandes desafios que nós temos, que toda a humanidade tem, e que está relacionada com o controlo das alterações climáticas. Portugal foi o primeiro país do mundo a fixar objetivos de neutralidade carbónica em 2050 a estabelecer um roteiro para essa, antecipando para 2030 metas mais exigentes”, disse.
António Costa falava aos jornalistas à chegada a Espinho, depois de uma viagem de comboio desde Oliveira de Azeméis, ambas no distrito de Aveiro, acompanhado pelo ministro das Infraestruturas e Habitação e cabeça de lista distrital do PS, Pedro Nuno Santos.
O secretário-geral socialista, que fez em Espinho a primeira arruada da campanha às eleições legislativas de 06 de outubro, frisou que o setor dos transportes é “fundamental” para o país alcançar os objetivos traçados em matéria de neutralidade carbónica.
Falando em “metas ambiciosas”, o socialista recordou que o programa ferrovia 2020, o plano nacional da indústria ferroviária, a modernização das grandes redes de metro, a renovação do material circulante e o aumento da oferta de transporte fluvial são estratégias cruciais para alcançar os objetivos.
Alinhado com o também chefe do Governo, o ministro das Infraestruturas salientou que durante anos se considerou a ferrovia como sendo “transporte do passado”.
Pelo contrário, argumentou o ministro e dirigente socialista, o transporte ferroviário é o transporte do futuro e uma das apostas do Governo PS.
Consciente dos “grandes problemas” da ferrovia, Pedro Nuno Santos falou, especificamente, da Linha do Vouga, que liga Espinho a Sernada do Vouga, referindo que moderniza-la e ligá-la à Linha do Norte (Lisboa - Porto) é um dos “grandes objetivos” do executivo, constando já do programa nacional de investimentos.
Da estação de Espinho, os socialistas seguiram pela marginal em direção à câmara municipal local, mas pelo caminho Costa encontrou Maria do Sameiro Carvalho, de Braga, mas em Espinho a passear e com um rol de queixas relativamente à ferrovia, tema abordado por Costa minutos antes.
Numa conversa de mais de cinco minutos, e com o secretário-geral do PS a explicar aos jornalistas que esta não estava encomendada, tal como pode dar ideia, referiu que foi uma “feliz coincidência”.
“Nem de propósito, falei disso há pouco”, respondia a Maria do Sameiro, enquanto esta lembrava que as pessoas à medida que vão envelhecendo usam mais o comboio e menos o carro devido às possibilidades financeiras, à saúde física e ao ambiente.
Carris à parte, a mulher aproveitou ainda para falar nas “sobrelotações” das prisões portuguesas e recordar uma conferência em que ouviu Costa, à data ministro da Justiça.
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