De acordo com a RTP, dois militares terão falhado no socorro imediato aos dois militares que morreram em Setembro, e já terão sido notificados pelo Ministério Público para comparecerem esta terça-feira no Departamento de Investigação e Ação Penal.
O Observador cita uma fonte oficial da Polícia Judiciária Militar que afirma que "a nossa investigação é independente da do Exército". A mesma fonte acrescenta que não sabem quem foram os militares alvo de processo disciplinar, embora ressalve que existe a possibilidade de se "pedir esses resultados para completar a nossa investigação”.
A edição desta terça-feira do Correio da Manhã avançava que Dylan da Silva e Hugo Abreu, os militares que morreram, estiveram quase duas horas sem assistência médica. O diário citava a investigação da Polícia Judiciária Militar em cooperação com o DIAP, que conclui ter havido erro médico na morte dos dois comandos.
Ainda segundo o Correio da Manhã, a enfermaria tinha 25 militares na tarde de 4 de setembro. O médico de serviço terá deixado as instalações às 19h00 depois de considerar que os doentes não precisavam de cuidados urgentes, e alegando que saiu para ir preparar o Hospital das Forças Armadas para receber as vítimas. No local, ficaram dois enfermeiros e dois socorristas sem que fosse chamado um outro médico que estava previsto na escala para aquele curso dos Comandos.
De acordo com o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, o inquérito disciplinar foi aberto com o objetivo de apurar “a envolvência” de um médico durante o treino do 127.º Curso de Comandos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, que começou a 04 de setembro.
Fonte do Exército disse à Lusa que os militares que foram alvo de processos disciplinares por "indícios de prática de infração" no 127.º curso de Comandos mantêm-se ao serviço e em funções no curso.
O processo de averiguações às circunstâncias da morte de dois instruendos no início do 127.º curso de Comandos, em setembro, "é de natureza secreta até à acusação", segundo o RDM, frisou o porta-voz do Exército, na resposta enviada à Lusa.
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