A delegação cubana, que pediu às Nações Unidas para cancelar a iniciativa por considerar que violava as normas da organização, surgiu na sala e impediu que a ação decorresse com normalidade.
Os participantes na cerimónia, incluindo a diplomata norte-americana Kelley Currie e o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luís Almagro, efetuaram os seus discursos, mas estes mal se ouviam no meio dos gritos de “Cuba sim, bloqueio não” e de pancadas nas mesas.
Kelley Currie, a representante dos Estados Unidos no Conselho Económico e Social da ONU, viu o seu discurso ser várias vezes interrompido pela embaixadora de Cuba nas Nações Unidas, Anayansi Rodriguez, que efetuou o seu próprio discurso ao mesmo tempo e sem microfone.
“Nunca na minha vida vi diplomatas a comportarem-se como a delegação cubana fez hoje”, disse Kelley Currie, referindo que o Governo de Havana deve estar “envergonhado” com este “comportamento provocador”.
A representante permanente de Cuba na ONU acusou os Estados Unidos de tentarem usar “o nome e emblema” da organização num ato “contra um Estado-membro, simulando apoio internacional para a sua campanha falaciosa”.
“Os Estados Unidos não têm moral para dar lições e muito menos nesta matéria,” disse Anayansi Rodriguez, denunciando, entre outras coisas, a tortura na base de Guantanamo e “a detenção de imigrantes, incluindo crianças”.
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