“Fiquem em casa o mais possível, evitem encontrar-se com pessoas sem ser os familiares”, apelou a primeira-ministra dinamarquesa, Mete Frederiksen, numa conferência de imprensa.
“Cada um de nós deve refletir quando passa a porta de casa”, disse, por seu turno, o chefe da polícia nacional, Thorkild Fodge.
O país está em semi-confinamento desde meados de dezembro e a partir de 06 de janeiro será proibida a reunião de mais de cinco pessoas (eram permitidas 10), quer no domicílio quer no exterior, passando a distância a respeitar entre as pessoas de um para dois metros.
Se houver condições, estas medidas — e as já em vigor, como o teletrabalho generalizado e o encerramento das escolas e lojas não essenciais — serão levantadas a partir de 17 de janeiro, mas Frederiksen alertou para a possibilidade de serem estendidas ou mesmo reforçadas.
“Podem já preparar-se para isso”, disse, afirmando que o recolher obrigatório é “o último recurso”.
As creches e jardins-de-infância continuam a funcionar.
Considerada boa aluna na gestão da pandemia, a Dinamarca está preocupada com a circulação da nova variante do vírus, que, segundo as autoridades britânicas, será 74% mais contagiosa. Já foram registados 86 casos no país, mas a proporção duplica a cada semana.
Na segunda-feira, a Agência Nacional de Saúde anunciou pretender espaçar até seis semanas as duas doses da vacina contra o novo coronavírus, permitindo assim que mais pessoas recebessem uma primeira injeção. Desde o início da campanha de imunização a 27 de dezembro já foram vacinadas 51.512 pessoas no país.
A Dinamarca continental, com 5,8 milhões de habitantes, conta com um total de 172.779 casos, incluindo 1.420 mortos.
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