"O diálogo com os Estados Unidos está congelado a quase todos os níveis. Ou não comunicamos ou reduzimos ao mínimo" os contatos, afirmou Peskov numa entrevista à cadeia de televisão russa Mir-TV noticiada hoje pela agência russa Ria-Novosti.
As relações entre a Rússia e os Estados Unidos atravessam um dos seus piores momentos devido às graves tensões por causa do conflito sírio (Moscovo apoia ativamente o regime do presidente Bashar al Assad) e por causa da crise ucraniana.
A deterioração da relação entre os dois países começou com a anexação da Península da Crimeia pela Rússia em março de 2014. Os Estados Unidos já tinham acusado Moscovo de estar a apoiar os rebeldes pró-russos no Leste da Ucrânia.
Já no conflito sírio, os Estados Unidos têm condenado a atuação russa ao lado do regime de Bashar al Assad, nomeadamente o apoio com aviação (responsável por múltiplas missões de bombardeamento).
O porta-voz do departamento de Estado norte-americano, John Kirby, considerou - por seu lado - que "o envolvimento diplomático no que toca à Rússia mantém-se num grande número de questões", nomeadamente no que diz respeito à Síria.
Desde o início do mês que o chefe da diplomacia russa, Sergueï Lavrov, já falou três vezes por telefone com o seu homólogo norte-americano, John Kerry, indicou o ministério russo dos Negócios Estrangeiros.
"É um facto que temos divergências significativas com Moscovo (...) É bem conhecido. Não há avanço no diálogo", acrescentou Kirby.
Com a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas de novembro, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou esperar um "diálogo construtivo" e "trabalho mútuo" com Washington "para que as relações entre a Rússia e os Estados Unidos saiam da situação crítica".
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