“Há partes da nossa província, em 15 distritos, onde destruíram 16 centros de saúde. Destruir centro de saúde é manifestação? O que um centro de saúde tem com reclamação de eleições?”, questionou o governador da província de Nampula, Manuel Rodrigues.

Em declarações à comunicação social, o governador daquela província do norte de Moçambique afirmou que, durante atos de vandalismo, foram saqueados vários materiais médicos, incluindo camas, equipamentos hospitalares e medicamentos.

“Não vandalizemos os hospitais”, pediu Manuel Rodrigues.

O Conselho Constitucional (CC) de Moçambique fixou 15 de janeiro para a tomada de posse do novo Presidente, que sucede a Filipe Nyusi.

Em 23 de dezembro, o CC, última instância de recurso em contenciosos eleitorais, proclamou Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), vencedor da eleição presidencial, com 65,17% dos votos, bem como a vitória da Frelimo, que manteve a maioria parlamentar.

O anúncio levou de imediato a novos confrontos, destruição de património público e privado, manifestações, paralisações e saques, mas na última semana, sem novas convocatórias de protestos, a situação normalizou-se em todo o país.

Confrontos entre a polícia os manifestantes já provocaram quase 300 mortos e mais de 500 pessoas baleadas desde 21 de outubro, segundo organizações da sociedade civil que acompanham o processo.