Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) adianta que a vítima, submetida a extorsão, “sofreu violentas agressões e ameaças, com recurso a armas de fogo”, tendo-lhe sido subtraídos 100.000 euros das suas contas bancárias para contas abertas pelos suspeitos com recurso a documentação falsa.
“Após a consumação destes atos lesivos do património da vítima, veio a mesma a ser presa numa árvore, num local ermo, por forma a que não fosse descoberta e ali claudicasse, facto que só não sucedeu porque a vítima conseguiu libertar-se”, lê-se na nota.
O português de 82 anos foi raptado no dia 25 de agosto, tendo necessitado de receber tratamento hospitalar em Espanha devido às lesões que sofreu às mãos dos detidos, com antecedentes criminais por crimes de roubo em Espanha. Não é referido na nota durante quanto tempo decorreu o rapto.
Os suspeitos, quatro homens e duas mulheres com idades entre os 21 e os 43 anos, foram detidos durante uma operação que ocorreu no dia 13 de dezembro, em Espanha, na zona de Málaga, e que contou com a presença de elementos da Polícia Judiciária.
A investigação exigiu, desde o início, constante partilha de informação de caráter policial entre Portugal e Espanha, refere a PJ, que investigou o caso em conjunto com a Policia de la Generalitat de Catalunya (Mossos d'Esquadra) e o Cuerpo nacional de Policia (CNP).
Das buscas realizadas resultou a apreensão de uma arma de fogo e réplicas de armas de fogo utilizadas nas ações criminosa, bem como material destinado à contrafação e falsificação de documentos de identificação, e também documentação falsa.
Foram ainda recuperadas duas viaturas de matrícula portuguesa que haviam sido alvo de roubo em Portugal.
Durante a operação, foram feitas várias buscas domiciliárias que permitiram deter as seis pessoas por suspeitas dos crimes de rapto, roubo com arma de fogo, associação criminosa e branqueamento de capitais.
No dia 17 de dezembro, foram desenvolvidas ações de investigação em Lisboa, tendo sido identificados outros suspeitos presumivelmente implicados nesta rede criminosa.
As investigações prosseguem com o objetivo de identificar outros factos criminosos relacionados com o grupo em investigação, conclui a PJ.
A direção do inquérito está a cargo do Departamento de investigação e ação penal (DIAP) de Faro, prevendo-se que hoje, em Barcelona, as entidades envolvidas nesta investigação prestem esclarecimentos adicionais à comunicação social.
Comentários