Há um caso de varíola-dos-macacos numa mulher em Madrid, diz o El Mundo, citando fontes do Ministério da Saúde Espanhol, que afirma que a infeção está "diretamente relacionada com a cadeia de transmissão de relações entre homens".
Neste momento, a região de Madrid tem 65 casos confirmados de varíola-dos-macacos, uma mulher e 64 homens, e ainda 30 casos suspeitos à espera de resultados dos testes laboratoriais.
Apesar de ser o primeiro caso noticiado quanto a uma mulher, não é claro se será o primeiro no mundo, uma vez que a Organização Mundial da Saúde indica que "os casos foram identificados principalmente, mas não exclusivamente, entre homens que fazem sexo com homens".
Esta doença manifesta-se com erupção cutânea, lesões ulcerativas, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço.
A doença foi identificada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo, depois de o vírus ter sido detetado em 1958 na sequência de dois surtos de uma doença semelhante à varíola que ocorreram em colónias de macacos mantidos em cativeiro para investigação - daí o nome "Monkeypox" ("monkey" significa macaco e "pox" varíola).
O Monkeypox pertence ao género 'Orthopoxvirus', que inclui o vírus da varíola, o vírus 'Vaccinia' (usado na vacina contra a varíola) e o vírus da varíola bovina.
Em humanos, os sintomas da infeção com o vírus Monkeypox são semelhantes, mas mais leves, aos da varíola. No entanto, ao contrário da varíola, a Monkeypox faz com que os gânglios linfáticos inchem.
O período de incubação (tempo desde a infeção até ao aparecimento dos sintomas) do vírus Monkeypox é geralmente de 7 a 14 dias. A doença dura, em média, duas a quatro semanas.
Apesar de a doença não requerer uma terapêutica específica, a vacina contra a varíola, antivirais e a imunoglobulina 'vaccinia' (VIG) podem ser usados como prevenção e tratamento para a Monkeypox.
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