De acordo com o despacho conjunto dos Ministérios da Saúde e das Finanças vão ser contratados 503 médicos dos mais de 700 médicos que concluíram a especialidade no ano passado, sendo 483 para a área hospitalar e 20 para a área da saúde pública.

Eram mais de 700 os médicos recém-especialistas que aguardavam a abertura do concurso, sendo que serão celebrados 503 contratos para os quadros do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Segundo o despacho do Governo, trata-se de abrir concurso para contratar os médicos “que se encontram atualmente sem uma relação jurídica por tempo indeterminado”.

A diferença entre as vagas para concurso e o número de especialistas que concluiu o internato pode estar relacionada com o facto de alguns profissionais terem já sido contratados diretamente pelas unidades de saúde, como hoje admitiu o próprio ministro da Saúde.

“Alguns médicos terão sido contratados, entretanto por razões de imperativa necessidade”, afirmou o ministro Adalberto Campos Fernandes hoje aos jornalistas no final da comissão parlamentar de Saúde.

O despacho agora publicado vai, segundo o ministro, “em linha com os médicos que concluíram o internato” e que ainda não têm vínculo de trabalho por tempo indeterminado.

Em anatomia patológica vão abrir 11 vagas, em anestesiologia abrem 32, angiologia e cirurgia vascular são quatro vagas, 12 abrem para cardiologia, para cirurgia geral há disponíveis 34 vagas, três para dermatologia, sete para doenças infecciosas, 11 para endocrinologia, cinco para gastro, 35 para ginecologia e obstetrícia, 73 para medicina interna, 13 para nefrologia, 16 serão para oftalmologia, 17 em oncologia, 19 em ortopedia, 15 em otorrino, 23 em pediatria, 26 vagas para psiquiatria e mais 10 para psiquiatria da infância e adolescência, 15 para radiologia e sete para urologia, entre outras especialidades.

Do total de vagas para especialidades hospitalares, cerca de 30 são para o Centro Hospitalar e Universitário do Algarve, que hoje o ministro da Saúde reconheceu que tem carência de profissionais.

Contudo, Adalberto Campos Fernandes disse que há hoje mais 315 profissionais de saúde no Algarve do que havia em 2015.

“A questão do Algarve trata-se de conseguir fazer do Algarve uma região que atrai e fideliza profissionais. É uma região particular porque é favorável à iniciativa privada. Os hospitais privados têm no Algarve um mercado que é muito forte. A luta e a competição dos recursos no Algarve é brutal. Estamos a estudar para ver se este ano podemos avançar com um procedimento legislativo para mobilizar mais recursos para o Algarve no verão, independente da vontade dos hospitais de origem”, afirmou o ministro da Saúde.