Numa reação rápida, a França "condenou a ofensiva brutal praticada pelo regime sírio, com o apoio da Rússia, para sitiar e asfixiar Aleppo e os milhares de moradores", declarou o chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius.
Fabius deu esta declaração no momento em que o enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, anunciava a suspensão das negociações de paz em Genebra, que estão num impasse.
O avanço desta quarta-feira é o mais significativo das tropas pró-Assad na província com o mesmo nome desde 2012. A cidade de Aleppo, que antes da guerra era a capital económica da Síria, está dividida em dois. Os bairros do oeste são controlados pelo governo, e os do leste, pelos rebeldes.
As tropas do governo de Al-Assad romperam o cerco às cidades de Nebbol e Zahra, até então cercadas pelos insurgentes, enquanto avançavam para a cidade de Aleppo, afirmou a fonte militar presente no terreno. Cortaram, em seguida, a rota de fornecimento dos rebeldes entre Aleppo e Turquia, a principal rota por onde recebiam ajuda e reforços, segundo a mesma fonte.
No avanço para Aleppo, o exército recebeu um apoio importante da Força Aérea russa, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). "Bombardeios intensos da aviação russa" contra os insurgentes possibilitaram o fim do cerco a Nebbol e Zahra, informou esta ONG.
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