“É um dia muito importante para os brasileiros, para a vida e para a saúde, a vacina do Insituto Butantan tem eficácia de 78% a 100% contra a covid-19, apontam os estudos no Brasil”, disse o governador de São Paulo, João Doria, numa conferência de imprensa.
Os dados da pesquisa foram revistos pelo Comité Internacional Independente que acompanha os ensaios e serão apresentados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão que autoriza a venda de medicamentos no Brasil.
A taxa mínima de eficácia de uma vacina contra o novo coronavírus recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Anvisa é de 50%, pelo que o uso do medicamento poderá ser autorizado no prazo de dez dias.
Segundo o governo regional de São Paulo, a vacina também registou 100% de proteção contra mortes, casos graves e internamentos dos voluntários do estudo que foram contaminados.
A Coronavac começou a ser testada no país sul-americano em julho do ano passado pelo Instituto Butantan que, além dos testes, celebrou um acordo para a compra de 46 milhões de doses da vacina e a autorização para fabricar o medicamento no país.
Cerca de 13 mil profissionais de saúde voluntários, de diferentes estados brasileiros, receberam duas doses da Coronavac com 14 dias de intervalo.
Inicialmente, os resultados do ensaio da CoronaVac no Brasil seriam anunciados em 15 de dezembro. Sem o número mínimo de infetados para balizar o estudo, esta data foi alterada para 23 de dezembro pelo Instituto Butantan. Houve um segundo adiamento, provocado pela Sinovac que decidiu consolidar os números da pesquisa.
O Governo regional de São Paulo, que tem sido crítico da política nacional do governo central para a pandemia, informou que deverá início da vacinação no estado no próximo dia 25 de janeiro.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (198.974, em mais de 7,8 milhões de casos), depois dos Estados Unidos.
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