"Contratos de quatro meses é falta de visão a curto, médio e longo prazo. Exige-se contratos definitivos para todos os enfermeiros admitidos", sublinhou o SEP numa nota de imprensa, na qual pediu que "a todos os enfermeiros contratados ou a contratar no âmbito da pandemia de covid-19 seja feito um contrato por tempo indeterminado".

Segundo o sindicato, "os contratos por quatro meses não garantem estabilidade às organizações e impedem as administrações de tomar as decisões, de médio e longo prazo, necessárias para devolver a confiança aos utentes e doentes com outro tipo de patologias".

O SEP também quer que "todos os enfermeiros contratados em regime de substituição passem para um contrato por tempo indeterminado", e que "todos os jovens enfermeiros que terminem, durante o ano em curso, a sua licenciatura, sejam imediatamente contratados, nomeadamente, nas regiões de implementação das faculdades de enfermagem".

O sindicato assinalou que "a ministra da Saúde afirmou publicamente que os contratos dos profissionais serão renovados". Porém, acrescentou o SEP, "não especificou se essa renovação determinaria a passagem dos contratos a termo resolutivos para contratos por tempo indeterminado".

De acordo com a entidade, "é assumido pelo Governo que até à existência de uma vacina ou da imunidade de grupo, o país e o SNS [Serviço Nacional de Saúde] continuará a ‘viver' sob a pressão da covid-19", por isso, "é imprescindível que o SNS retome o regular funcionamento, ou seja, que dê respostas às cirurgias, às cirurgias de ambulatório, às consultas de especialidades", entre outras atividades médicas.

Portugal contabiliza 1.063 mortos associados à covid-19 em 25.524 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Relativamente ao dia anterior, há mais 20 mortos (+1,9%) e mais 242 casos de infeção (+1%).

Das pessoas infetadas, 813 estão hospitalizadas, das quais 143 em unidades de cuidados intensivos, e o número de casos recuperados passou de 1.689 para 1.712.

Portugal entrou domingo em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.