A França suspendeu, na segunda-feira, a administração de vacinas da AstraZeneca enquanto espera que o regulador europeu de medicamentos (EMA) esclareça quaisquer dúvidas sobre possíveis efeitos secundários.
Aos 55 anos de idade e sem problemas de saúde subjacentes conhecidos, o primeiro-ministro francês Jean Castex não se encontra entre os grupos prioritários elegíveis para a vacinação em França, mas, falando à emissora BFM-TV, Castex disse que quer tomar a vacina da AstraZeneca para dar o exemplo.
“Dado o que está a acontecer, o que acabou de acontecer, com a AstraZeneca, seria sensato que eu fosse vacinado muito rapidamente, assim que a suspensão seja levantada”, disse.
Castex acrescentou que queria demonstrar aos seus concidadãos “que a vacinação é a porta de saída desta crise”.
Diversos países europeus, incluindo Portugal, França e Itália, suspenderam a administração da vacina produzida pelo laboratório anglo-sueco devido a eventuais efeitos secundários graves, incluindo dificuldades de coagulação e formação de coágulos (trombose).
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que deverá emitir um parecer definitivo sobre o tema na quinta-feira, referiu estar “firmemente convencida que as vantagens da vacina AstraZeneca na prevenção da covid-19, com o seu risco associado de hospitalização e morte, superam o risco dos seus efeitos secundários”.
Nas últimas 24 horas morreram em França 408 pessoas devido ao vírus, elevando o número total de óbitos desde o início da pandemia para 91.170. Desde segunda-feira foram contabilizados 29.975 casos, perfazendo assim 4.108.108.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.661.919 mortos no mundo, resultantes de mais de 122,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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