“Queria aqui saudar a decisão tomada ontem pelo ministro [juiz] Luiz Fux [do Supremo Tribunal Federal] para restabelecer o passaporte da vacina. Não há aqui por parte da prefeitura qualquer vontade de cercear a liberdade de qualquer indivíduo, pelo contrário. Mas queremos que, num país assolado pela covid-19, evitar que pessoas contraiam a doença”, afirmou Paes.
O prefeito ‘carioca’, em conferência de imprensa, reforçou que com o passaporte sanitário a ‘cidade maravilhosa’ garantirá uma importante atividade económica que é o turismo.
“Se nós tivermos a certeza de que aqueles que nos visitarem em fevereiro [quando se celebra o Carnaval] ou no fim do mês de dezembro [no Réveillon] estiverem vacinados, vamos poder aglomerar, nos abraçar e celebrar a vida. Não podemos dizer que nossa cidade está livre da covid, porque não está. Mas é uma cidade em que há uma proteção, porque as pessoas estão vacinadas” afirmou Eduardo Paes.
Na quinta-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro, Luiz Fux, restabeleceu o decreto municipal do Rio de Janeiro que determina a exigência do certificado de vacinação contra a covid-19 para entrada em locais públicos.
Com a decisão de Fux, ficou sem efeito a decisão ditada no dia anterior pelo juiz do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro Paulo Rangel, que havia suspendido o certificado de vacinação naquela cidade brasileira, argumentando que um decreto municipal jamais “pode impedir a liberdade de locomoção de quem quer que seja por não estar vacinado”.
A cidade do Rio de Janeiro começou a exigir em 15 de setembro um certificado de vacinação contra a covid-19 aos ‘cariocas’ e turistas para entrarem em pontos turísticos como o Cristo Redentor, enquanto tentava conter o avanço da variante Delta.
Por pressão dos empresários, a obrigação não foi estendida a restaurantes, bares, supermercados, lojas e ‘shoppings’, que terão que respeitar outras medidas preventivas, como restringir o número de pessoas, distanciamento e exigir o uso de uma máscara.
A pandemia do coronavírus já causou quase 600 mil mortes no Brasil e afetou 21,4 milhões de pessoas. Cerca de 69% da população já recebeu pelo menos uma dose da vacina e 43% já tem o esquema completo.
A covid-19 provocou pelo menos 4.780.108 mortes em todo o mundo, entre 233,72 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
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