A organização estima que as perdas oscilem entre os 27 mil milhões de euros (30 mil milhões de dólares) e 45 mil milhões de euros (50 mil milhões de dólares).
Antes do surto de Covid-19, a OMT previa um crescimento do setor entre os 3% e os 4% este ano, de acordo com a mesma nota.
“A primeira análise aponta para que a Ásia e Pacífico sejam as regiões mais afetadas, com uma queda estimada nas chegadas entre 9% e 12%”, segundo a OMT. A organização diz que é “prematuro” avançar com estimativas para outras regiões, tendo em conta a situação atual.
A OMT avisa ainda que quaisquer estimativas devem ser tratadas com “cautela” e que podem ser atualizadas.
A entidade pediu aos governos e organizações internacionais que incluam o setor como uma “prioridade nos planos e ações de recuperação” dos danos causados pelo novo coronavírus.
A organização destacou também que o turismo está ser confrontado com os desafios colocados pelo surto de Covid-19, tendo em conta que é uma atividade de elevado contacto pessoal.
Para a OMT, o turismo terá um papel “chave” na recuperação económica futura e deve ser uma “prioridade” nos planos de governos e organizações internacionais.
A entidade pede assim apoio político e económico para medidas de recuperação, sendo que, de acordo com o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili, “o setor é composto, em cerca de 80%, por pequenas e médias empresas, que estão particularmente expostas” aos problemas que envolvem o turismo.
O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 3.385 mortos e infetou mais de 98 mil pessoas em 87 países e territórios, incluindo 13 em Portugal.
Das pessoas infetadas, mais de 55 mil recuperaram.
Além de 3.042 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas, San Marino, Iraque, Suíça, Espanha, Reino Unido e Países Baixos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado".
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