O novo posto, instalado na parte exterior do Lar Militar da Cruz Vermelha, em Lisboa, vai funcionar em coordenação com um novo centro de diagnóstico molecular Covid-19 do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM).
Na inauguração, que contou com a presença da ministra da Saúde, o presidente da CVP explicou que a nova estrutura, composta por quatro tendas para testes e duas estações ‘drive-thru’ no posto fixo e pelo laboratório do iMM, tem a capacidade para mais de três mil análises por dia.
“Podemos ir até aos 3.000 ou 3.500, no conjunto deste projeto com o iMM”, disse Francisco George em declarações aos jornalistas sobre a capacidade de testagem.
Numa altura em que o país regista o segundo maior número de novos casos desde o início da pandemia em março, o presidente da CVP assegura que essa capacidade pode ser aumentada se a situação epidemiológica o exigir e caso haja um aumento acentuado no número de prescrições médicas para a realização de testes.
Neste momento, o posto fixo de testes funciona entre as 09:00 e as 18:00 durante os dias úteis e o centro de diagnóstico, onde as amostras são analisadas, até às 23:00, permitindo que o tempo médio de espera pelos resultados seja inferior a 24 horas.
“Estamos a trabalhar para, se necessário, oferecer os mesmos serviços 24 horas durante os sete dias da semana, pelo tempo que for necessário”, afirmou, explicando que “é uma questão de mudar as equipas em permanência”.
O novo centro de diagnóstico do iMM foi financiado com o apoio da Sociedade Francisco Manuel dos Santos e do Grupo Jerónimo Martins, naquilo que o presidente da Cruz Vermelha considerou ser um “exemplo de articulação” que deveria ser multiplicado em outras zonas do país.
“Sem articulação entre entidades públicas, uma organização humanitária como a Cruz Vermelha e o setor privado não teria sido possível aumentar [através do novo posto] a capacidade instalada para desenvolvimento de testes covid-19”, sublinhou Francisco George.
Portugal registou hoje mais 12 mortos relacionados com a Covid-19 e 1.394 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). Desde o início da pandemia, em março, este é o segundo maior número de casos de infeção. O maior foi em 10 de abril, com 1.516.
Segundo a ministra da Saúde, a capacidade laboratorial de testagem passou de uma média de 2.500 testes de diagnóstico à covid-19 por dia, em março, para 19.600 testes por dia neste mês de outubro, com o ‘record’ de 28.392 testes atingido na quarta-feira.
"No dia 7 de outubro foi batido um novo recorde no número de testes diários, tendo sido realizados pelos vários laboratórios 28.392. Quase 8% foram positivos, mas este é um sinal de alerta", frisou.
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