“Os indicadores continuam muito estáveis, em número de mortos, em número de casos e até na pressão no Serviço Nacional de Saúde”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, questionado pela Lusa durante a visita oficial que hoje realiza a Cabo Verde.
De acordo com o chefe de Estado, a pressão sobre os hospitais “tem vindo primeiro a descer”, estando agora estabilizada.
“A estabilizar em valores que parecem confirmar, passados 15 dias sobre a última grande abertura, que a abertura, pelo menos até agora, não teve efeitos que tenham perturbado a situação das estruturas de saúde e o número de casos, e mais ainda o número de mortos, de óbitos”, disse o Presidente português, que visita em Cabo Verde um país com quase 2.900 casos ativos de covid-19 - cerca de metade na cidade da Praia - para cerca de 550 mil habitantes.
O índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus SARS-Cov-2 em Portugal subiu hoje para 1, enquanto a incidência de casos de infeção por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias aumentou duas décimas para 50,5.
Os números anteriores destes indicadores, divulgados na sexta-feira, indicavam um Rt de 0,95 e uma incidência de 50,3 casos por 100.000 habitantes.
No boletim epidemiológico conjunto da Direção-Geral da Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulgado hoje, os números relativos apenas a Portugal continental revelam que o Rt subiu de 0,95 para 0,99, sendo ainda registada uma descida de 48,1 para 47,5 em relação ao valor médio de novos casos de infeção por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias.
Estes indicadores – o índice de transmissibilidade do vírus e a taxa de incidência de novos casos de covid-19 – são os dois critérios definidos pelo Governo para avaliar o processo de desconfinamento iniciado em 15 de março.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.381.042 mortos no mundo, resultantes de mais de 162,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.009 pessoas dos 842.381 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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