O agravamento da pandemia de covid-19 no país foi sentido de forma significativa nesta unidade hospitalar, que registou um crescimento de 17% no internamento de doentes na semana entre os dias 23 e hoje.
No entanto, o aumento de doentes internados em UCI nesse período foi ainda maior, ascendendo a 50%, ao subir de 18 doentes internados no dia 23 para os 27 que estão hoje em cuidados intensivos.
O hospital, que permanece no nível III do respetivo plano de contingência, assume novamente “a necessidade de reajustar a lotação afeta à covid-19″ e que o Serviço de Urgência Geral “mantém a sobrelotação” na vertente da área respiratória.
De acordo com o comunicado hoje divulgado pelo Garcia de Orta, a taxa de ocupação de camas por doentes, em enfermaria e em UCI, em função das camas disponibilizadas pelo hospital, situa-se hoje nos 312% face à previsão inicial de 66 camas em enfermaria, nove de cuidados intensivos e cinco em UHD.
Os números de sobrelotação são reportados apenas quatro dias depois de a unidade hospitalar de Almada ter aberto na terça-feira uma nova enfermaria para doentes covid, com um total de 33 camas, e que acolheu logo no primeiro dia 10 pessoas. Ato contínuo, o HGO deixa um apelo à população de Almada e Seixal para recorrerem primeiro ao respetivo médico de família ou centro de saúde.
“Considerando elevada procura e pressão assistencial que se mantêm, o HGO está a analisar e a trabalhar com a Proteção Civil dos concelhos de Almada e do Seixal, no sentido de ser melhorada a resposta pré-hospitalar”, refere a nota do hospital, que sublinha que a taxa de esforço tem estado sempre elevada nos últimos três meses e que esta é uma das unidades com maior número de doentes covid, tanto em enfermaria como em UCI.
Portugal registou hoje 293 mortes relacionadas com a covid-19 e 12.435 casos de infeção por SARS-CoV-2, atingindo, assim, as 5.000 mortes só no mês de janeiro, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
O boletim de hoje revela também que estão internadas 6.544 pessoas, menos 83 do que na sexta-feira, das quais 843 em unidades de cuidados intensivos, ou seja, mais 37.
Em Portugal, morreram 12.179 pessoas dos 711.081 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da DGS.
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