A “autorização temporária para uso de emergência”, que restringe o seu uso aos grupos prioritários definidos pelo Plano Nacional de Imunização (PNI) e não permite a sua comercialização, deverá ser analisada no prazo de sete dias, conforme estipulado pela legislação brasileira, refere um comunicado da Anvisa.
Os ensaios da vacina, desenvolvida em conjunto com a Academia de Ciências Militares da China a partir de adenovírus não replicantes, foram realizados no Paquistão, Rússia, México, Argentina e Chile, e cujos dados serão avaliados pelo órgão regulador brasileiro.
O Brasil, juntamente com os Estados Unidos da América e a Índia, é um dos três países mais afetados pela covid-19 no mundo em números absolutos e, na terça-feira, ultrapassou os 439 mil mortos devido à covid-19 e acumula mais de 15,7 milhões de casos confirmados.
Apesar de mais de 90 milhões de doses de vacinas distribuídas e quase 54,4 milhões aplicadas, o país inoculou com duas doses apenas 8,3% da sua população e algumas localidades tiveram que suspender a imunização por falta de antídotos.
O país, com 212 milhões de habitantes, utiliza as vacinas Coronavac, da farmacêutica chinesa Sinovac e que é produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, que responde por quase 80% da vacinação, e a Covishield, da anglo-sueca AstraZeneca e da Universidade Oxford, numa associação com a estatal brasileira Fiocruz.
As primeiras doses importadas da vacina Cominarty, do consórcio Pfizer-BionTech, também começaram a ser aplicadas em menor escala.
As vacinas Covishield e Cominarty possuem registo definitivo, o que permite a sua comercialização aberta. Já a Coronavac e o imunizante do laboratório belga Janssen, braço europeu da multinacional Johnson&Johnson, são autorizados apenas para uso em caráter de emergência.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.406.803 mortos no mundo, resultantes de mais de 164,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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