Mais de 50 mil enfermeiros e 15.500 médicos que se aposentaram ou mudaram de área nos últimos três anos e que têm conhecimentos e experiência atualizadas estão a ser chamados a regressar para ajudar na resposta à “maior ameaça à saúde global” dos últimos 100 anos.
“Agora que o serviço de saúde está a preparar-se para lutar com a maior ameaça à saúde global na sua história, a minha mensagem a antigos colegas é ‘O NHS Precisa de Vocês'”, afirmou a diretora geral de enfermagem em Inglaterra, Ruth May, recorrendo ao lema usado durante a Segunda Guerra Mundial para recrutar soldados.
As cartas estão a ser enviadas pelo Conselho Geral de Medicina, o Conselho de Enfermagem e Obstetrícia, o Conselho de Profissões de Saúde e Cuidados Gerais e o Conselho Geral de Farmacêutica aos ex-funcionários do NHS e outros profissionais de saúde e cuidados de saúde em Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte.
O apelo faz parte do plano do Reino Unido para aumentar a capacidade de resposta face a um aumento exponencial de casos de pessoas infetadas com necessidade de cuidados médicos, seja em hospitais ou no serviço de aconselhamento por telefone.
Os hospitais públicos de todo o país estão a tomar medidas de preparação, incluindo a disponibilização de 30.000 camas, adiando operações não urgentes e prestando assistência ao domicílio àqueles que estão prontos para receber alta, para juntar a mais 10.000 camas em hospitais comunitários e independentes.
O balanço de quinta-feira apontava para 3.269 casos positivos em 64.581 pessoas testadas, das quais 144 morreram, embora o número de diagnósticos positivos apenas inclua pessoas sob tratamento, não estando a ser feitos testes a pessoas com sintomas ligeiros em isolamento doméstico.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 179 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a tornar-se hoje o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 3.405 mortos em 41.035 casos.
A Espanha regista 767 mortes (17.147 casos), a França 264 mortes (9.134 casos) e a Alemanha (13.957 casos) 31 vítimas mortais.
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