Em declarações aos jornalistas à margem da atribuição da medalha de mérito cultural ao arquiteto Paulo Mendes da Rocha, em Lisboa, António Costa foi questionado sobre as negociações do Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), especificamente sobre as exigências do PCP e BE sobre as alterações dos escalões do IRS.
"Não vale a pena estarmos em maio a especular sobre o orçamento, que será apresentado em outubro", respondeu o primeiro-ministro.
António Costa disse, por diversas vezes, que no dia 15 de outubro será apresentado o OE2018 e que portanto "não vale a pena antecipar para maio a discussão do orçamento", considerando que é prematuro fazê-lo.
"O orçamento será coerente porque é aquilo que consta do programa do Governo, que passa pelo desagravamento progressivo dos rendimentos do trabalho, como temos vindo a fazer", assegurou, garantindo que em 2018 será "o ano de começar o alívio através das alterações dos escalões do IRS, seguramente começando pelos rendimentos mais baixos".
Perante as repetidas perguntas dos jornalistas sobre esta questão, o chefe do executivo disse que há pela frente "um trabalho longo de preparação" do OE2018.
"O que irá acontecer é o que resulta desde logo do programa do Governo, que prevê efetivamente a criação de novos escalões do IRS, tendo em vista melhorar a progressividade do imposto. Estamos a trabalhar para que isso aconteça", enfatizou.
Como falta "muito tempo até ao dia 15 de outubro", Costa quer focar e concentrar a atuação do Governo em "continuar a trabalhar para que o bom momento que a economia vive tenha continuidade".
"Até lá [15 de outubro] o que é importante é continuar a fazer o que temos vindo a fazer, que é assegurar a execução de boas medidas de política, que permitam ao país crescer, criar emprego, de uma forma sustentável e saudável", reiterou. "É uma luta diária, em que o orçamento é uma peça, mas não é a única", salientou.
"É essencial que esta trajetória positiva da economia seja acompanhada de uma continuada boa trajetória das nossas finanças públicas. Essa tem sido a chave do sucesso que temos conseguido: boas finanças, com melhor economia", concluiu, antes de se despedir dos jornalistas com um "até já ou então até dia 15 de outubro".
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