“Eu acho que todos os políticos têm naturalmente direito às ambições que têm, mas devem ter a humildade de aguardar que os portugueses tomem a decisão, porque verdadeiramente só os portugueses é que conhecem o resultados destas eleições, porque só os portugueses é que sabem como é que vão votar no próximo domingo”, afirmou António Costa, reagindo às palavras de Rui Rio, que disse que o atual primeiro-ministro está “na iminência de perder as eleições”.
O secretário-geral do PS falava durante a tradicional descida da rua Santa Catarina, no Porto, onde foi acompanhado pelo cabeça de lista por este círculo eleitoral, Alexandre Quintanilha, pelo número dois e ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, e pelo presidente da Federação do Porto do PS, Manuel Pizarro.
À semelhança do que tinha dito no dia anterior, António Costa reiterou que não pretende jogar “pingue-pongue com o doutor Rui Rio”, deixando-lhe, no entanto, uma mensagem: “Quando ele quiser debater política, debatemos política”.
Questionado sobre a expressão utilizada por Rui Rio, que caracterizou a campanha socialista como uma “campanha negra”, António Costa respondeu: “A campanha que o PS faz é de uma apresentação de um programa que é claro, que não desdiz à tarde o que disse de manhã, e em que afirmamos com clareza o que afirmamos”.
“Não há cartas escondidas na manga, e agora os portugueses podem decidir se querem voltar a recuar com o PSD ou se querem continuar a avançar com o PS”, afirmou.
Costa reiterou que o “PS não tem um programa escondido, tem um programa que é claro”: “a valorização dos rendimentos, do SNS [Serviço Nacional de Saúde]”, a aposta “nas qualificações e na inovação como motores” do desenvolvimento e uma “Segurança Social sólida”.
“E podermos virar solidariamente esta página da pandemia, baixando o IRS sobre a classe média, sobre as famílias com filhos, sobre os jovens em particular e com esse grande desígnio que temos todos que ter que é garantir que as novas gerações serão as gerações mais realizadas de sempre no nosso país”, disse.
O secretário-geral do PS repetiu que o “voto certo e seguro” nas legislativas é no PS, para o país poder “ir em frente e para garantir” que não há um executivo “que fique refém da extrema-direita”.
Numa arruada que juntou várias centenas de simpatizantes socialistas, que receberam António Costa com euforia e muitos gritos de vitória, o líder socialista afirmou aos jornalistas que a mobilização no Porto “é um sinal muito importante da energia que o país está a mobilizar para uma grande votação no próximo domingo”.
António Costa reiterou que “há todas as condições para que as pessoas possam votar em segurança”, pedindo “uma grande votação no próximo domingo para garantir a estabilidade do país, o progresso do país”.
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