António Costa falava aos jornalistas após completar a parte institucional e política da sua visita oficial de 24 horas ao Qatar, depois de ter sido recebido pelo emir, Tamim bin Hamad bin Khalifa Al Thani, que fará uma visita de Estado a Portugal a 4 e 5 de julho, e de se ter reunido com o seu homólogo, Abdullah bin Nasser bin Khalifa Al Thani.
"As reuniões desta manhã, que foram sobretudo políticas, visaram preparar essa visita do emir a Portugal e sinalizar quais são as áreas de cooperação económica e de oportunidades de investimento que existem. Foi muito interessante ver o grande interesse que o Qatar tem neste momento em investir em Portugal", declarou o primeiro-ministro.
Segundo o líder do executivo nacional, o interesse dos investidores deste país do Médio Oriente dirige-se sobretudo aos setores da agricultura, das infraestruturas, e do imobiliário, mas também incide em "reestruturações empresariais e do sistema financeiro".
"Há um conjunto de bens que estão disponíveis, que são investimentos interessantes e em que é útil estarmos a atrair investidores para não estarmos a destruir riqueza, valorizando-os e, por essa forma, colocá-los a contribuírem para o crescimento da nossa economia", especificou António Costa, numa alusão à conhecida estratégia do Qatar de aquisição de ativos em países terceiros.
Em relação ao calendário para a concretização de acordos entre os governos de Portugal e do Qatar, Costa respondeu: "Estamos a trabalhar para a que a visita do emir em julho possa já ser coroada com a concretização de várias destas perspetivas".
O primeiro-ministro defendeu ainda, perante os jornalistas, que a atual conjuntura económica nacional explica em parte o interesse de novos investidores externos.
"Neste momento de viragem da economia portuguesa é muito importante diversificarmos os mercados onde queremos estreitar relações - isto após a China, a Índia e agora o Qatar. É preciso aproveitarmos este momento para atrairmos novos investimentos", acrescentou.
Após o programa institucional, o primeiro-ministro tem esta tarde encontros com a Câmara do Comércio do Qatar e com a Associação Empresarial do Qatar - duas instituições consideradas importantes num país que tem uma economia baseada no petróleo e, sobretudo, no gás, e que procura diversificar as suas áreas de investimento no mercado externo.
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