"Estamos a pedir 675 milhões de dólares para financiar o plano para nos próximos três meses, dos quais 60 milhões destinam-se a financiar as operações da OMS e o restante é para países que estão particularmente em risco", apelou o diretor da OMS, Tedros Adhanom Gebreyesus, em conferência de imprensa.
Tedros Gebreyesus admitiu que "675 milhões de dólares é muito dinheiro, mas é muito menos do que a conta que se terá de pagar se não se investir agora".
O mesmo responsável também anunciou que a agência especializada das Nações Unidas enviaria primeiro equipamentos de proteção para 24 países, incluindo 500 mil máscaras e 350 mil pares de luvas e que 250 mil testes serão enviados para mais de 70 laboratórios em todo o mundo.
Uma missão internacional de especialistas também se deslocará para a China "muito em breve", adiantou.
Medidas e restrições de contenção foram estendidas hoje em toda a China e no exterior para conter a epidemia de coronavírus que já matou quase 500 pessoas.
No final de janeiro, a OMS elevou a epidemia à categoria de "emergência de saúde pública de interesse internacional".
Até o momento, a OMS usou esse termo apenas em casos raros de epidemias que exigem uma resposta global vigorosa, incluindo a gripe suína H1N1 em 2009, o vírus Zika em 2016 e a febre Ébola, que devastou parte da população da África Ocidental de 2014 a 2016 e a República Democrática do Congo desde 2018.
A China elevou hoje para 490 mortos e mais de 24.300 infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.
Foram 64 as mortes na China registadas nas últimas 24 horas, segundo as autoridades de Pequim.
A primeira pessoa a morrer por causa do novo coronavírus fora da China foi um cidadão chinês nas Filipinas.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há outros casos de infeção confirmados em mais de 20 países, o último novo caso identificado na Bélgica.
Comentários