A Comissão Nacional de Saúde da China alertou que o novo tipo de coronavírus, uma espécie de vírus que causa infeções respiratórias em seres humanos e animais, “pode sofrer mutações e espalhar-se mais facilmente”.
O vírus foi inicialmente detetado, no mês passado, em Wuhan, cidade do centro da China que é também um importante centro de transporte doméstico e internacional.
O surto surge numa altura em que milhões de chineses viajam, por ocasião do Ano Novo Lunar, a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao natal nos países ocidentais. Segundo o Ministério dos Transportes chinês, o país deve registar um total de três mil milhões de viagens internas durante os próximos 40 dias.
Os casos alimentaram receios sobre uma potencial epidemia, semelhante à da pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou 650 pessoas na China continental e em Hong Kong.
As autoridades de saúde anunciaram medidas para conter a doença, incluindo desinfeção dos sistemas de ventilação de aeroportos, estações e centros comerciais.
“Se for necessário, serão também realizados controlos de temperatura em áreas-chave e locais movimentados”, esclareceu a Comissão, em comunicado.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) vai reunir-se durante o dia para decidir se deve declarar uma “emergência de saúde pública de interesse internacional”, decisão que pode ser influenciada pela descoberta do primeiro caso nos Estados Unidos.
Fora da China, foram ainda confirmados casos do novo coronavírus entre viajantes chineses na Coreia do Sul, Japão, Tailândia e Taiwan, todos também oriundos de Wuhan.
Vários países com ligações aéreas diretas ou indiretas a Wuhan estão a efetuar verificações sistemáticas de passageiros de voos oriundos de áreas consideradas de risco.
Em Macau, as autoridades anunciaram que vão verificar individualmente os passageiros provenientes de Wuhan, “por via aérea, marítima ou terrestre”.
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