“É muito gratificante ver como, graças ao trabalho árduo dos países afetados, os casos diminuíram desde que declarei uma emergência de saúde pública internacional no passado mês de julho”, adiantou, numa reunião do Comité de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional.
Mais de 85.000 casos de mpox e 92 mortes foram até agora comunicados à OMS, sendo que 90% dos casos foram detetados desde novembro de 2022 na região das Américas.
No entanto, o responsável indicou que no último mês foram registados casos em mais de 30 países, alertando para a dificuldade de os identificar em África.
“A diminuição dos casos notificados mostra a eficácia das medidas de resposta a nível mundial”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, segundo a agência privada espanhola Europa Press.
Considerou contudo que acabar com o surto ainda exige um “grande esforço”, assinalando que, se não se travar os contágios, pode ter de se enfrentar “um ressurgimento dos casos”.
Neste contexto, o diretor-geral da OMS defendeu que se mantenham os esforços de vigilância, prevenção e cuidados, assim como a vacinação de populações de alto risco.
Também se deve melhorar o acesso de todos ao diagnóstico, às vacinas e ao tratamento, continuar a lutar contra o estigma e a discriminação e garantir o respeito pelos direitos humanos, acrescentou.
“A longo prazo, os programas e serviços relativos ao mpox devem integrar-se nos programas de vigilância e controlo do VIH (vírus da imunodeficiência humana) e de outras infeções sexualmente transmissíveis”, disse ainda.
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