"Devido a uma depressão centrada entre o arquipélago dos Açores e Portugal Continental em deslocamento para leste, à qual estão associadas linhas de instabilidade, mantém-se a situação de precipitação forte para Portugal Continental".
Com este aviso, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) vem dizer o que ninguém queria: o mau tempo vai continuar nas próximas horas, depois de uma noite com um total de 1.977 ocorrências, destacando-se o distrito de Lisboa com 913.
Desta forma, até sexta-feira a meio da tarde estão previstos "aguaceiros por vezes fortes e acompanhados de trovoada, principalmente nas regiões Centro e Sul". Além disso, o vento "poderá soprar por vezes forte no litoral e nas terras altas" e "a agitação marítima também irá aumentar".
Quais os distritos em alerta?
Segundo o IPMA, os distritos de Lisboa, Leiria, Setúbal, Santarém e Faro estão sob aviso laranja devido ao mau tempo, um aviso meteorológico que passará para amarelo a partir das 09:00 e até às 15:00 de sexta-feira.
De acordo com fonte do IPMA, até ao final do dia poderá haver um "alargamento" do aviso laranja a outros distritos.
O que pode trazer a chuva forte?
Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), a chuva forte pode levar à ocorrência de inundações em zonas urbanas (por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento), cheias (potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água), deslizamentos ou derrocadas (motivados pela infiltração da água), arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos e a formação de lençóis de água ou piso escorregadio.
Como prevenir?
A ANEPC recorda que o "impacto destes efeitos pode ser minimizado", nomeadamente através da "adoção de comportamentos adequados" especialmente nas zonas "historicamente mais vulneráveis", onde recomenda que seja garantida a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais, a adequada fixação de estruturas soltas e um especial cuidado na circulação e permanência junto a áreas arborizadas.
Adotar uma condução defensiva, evitar atravessar zonas inundadas, evitar a prática de atividades relacionadas com o mar e ter especial cuidado na circulação junto a zonas ribeirinhas são também recomendações a considerar.
Além disso, é também importante "que as pessoas se mantenham o mais possível em casa, restringindo movimentações na rua àquelas que são as deslocações absolutamente necessárias, e que se possam resguardar e que se possam também auto-proteger", pediu hoje a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar.
*Com Lusa
Comentários