“No entender da CIP esta é uma medida errada. A CIP tem defendido que as medidas restritivas de combate à propagação da pandemia devem obedecer a um critério de proporcionalidade, tendo em conta as perturbações económicas e sociais que delas possam advir”, apontou, em comunicado a confederação.
Para a CIP, esta medida vem “privar ou dificultar” o acesso a um “leque alargado” de bens e causa “maiores danos económicos” às empresas que “têm nos super e hipermercados um importante canal de comercialização”, sem trazer qualquer benefício em termos de saúde pública.
Adicionalmente, a confederação empresarial notou que esta proibição “está longe” de proteger os pequenos comerciantes, obrigados a encerrar os seus estabelecimentos, quando outros canais estão abertos, nomeadamente, as plataformas eletrónicas.
“A concorrência é um valor a defender, mas não à custa do aprofundamento da gravíssima crise económica e social que estamos a viver”, vincou.
Neste sentido, a CIP apelou ao Governo que “pondere seriamente” os custos-benefícios desta medida.
Os supermercados e hipermercados vão ficar impedidos a partir da próxima semana de vender artigos não alimentares, como roupa, livros e objetos de decoração, disse, na quinta-feira, o ministro de Estado e da Economia.
“Determinámos o encerramento de um conjunto de atividades comerciais, de lojas de comércio retalho e o que está previsto é que seja possível limitar a venda nos super ou hipermercados, grandes superfícies de distribuição alimentar, o tipo de produtos que é comercializado nas lojas cujo encerramento se determina [neste novo confinamento geral]”, disse, na altura, Siza Vieira, que falava numa conferência de imprensa conjunta com a ministra da Cultura de apresentação das medidas de apoio às empresas.
Em causa estão, segundo adiantou Siza Vieira, produtos de decoração, desportivos, livros ou têxteis, ou seja, artigos vendidos nas lojas de retalho que estão obrigadas a encerrar portas a partir de hoje.
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