Na semana passada, um incêndio na Torre Grenfell, localizada no bairro de North Kensinton, zona oeste da capital britânica, fez pelo menos 79 mortos.
As autoridades municipais de Camden indicaram que os habitantes destas torres vão ser realojados temporariamente em outras casas ou em hotéis e que aqueles edifícios vão ser alvo de "trabalhos urgentes de proteção contra incêndio”.
A responsável municipal Georgia Gould explicou que 800 agregados familiares vão ser afetados, muitos deles compostos por pessoas com poucos recursos que vivem de apoios sociais.
Georgia Gould disse que os trabalhos devem durar “duas a três semanas” e que vão consistir na substituição do revestimento das fachadas e na introdução de medidas anti-incêndios.
Esta decisão ocorre depois do incêndio ocorrido a 14 de junho na Torre Grenfell, edifício na área Kensington e Chelsea, onde viviam maioritariamente pessoas de classes sociais consideradas como modestas, muitas delas oriundas de países estrangeiros, incluindo de Portugal.
A polícia anunciou hoje que o incêndio na Torre Grenfell teve origem num frigorífico. As autoridades disseram também que partes do revestimento do edifício recolhidas chumbaram em todos os testes de segurança.
Após o trágico incêndio, o gabinete da primeira-ministra britânica, Theresa May, estimou que cerca de 600 torres de habitação no Reino Unido deviam ter um revestimento semelhante ao que foi aplicado na Torre Grenfell, que tinha um compósito de alumínio e polietileno (plástico).
A polícia está a investigar as responsabilidades no incêndio, bem como está a decorrer um inquérito público ordenado por Theresa May.
Entre 400 e 600 pessoas viviam na Torre Grenfell, de 24 andares e 120 apartamentos, que ficou totalmente consumida pelo fogo. As chamas fizeram também 78 feridos, 10 dos quais em estado crítico. Entre os afetados pelo incêndio na Torre Grenfell estão dez portugueses.
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