“A atual e dramática situação geopolítica implica que a integração dos Balcãs ocidentais se torne numa enorme prioridade estratégica e um imperativo geopolítico”, declarou o Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, em conferência de imprensa na capital montenegrina.
Podgorica acolheu hoje a 11.ª reunião do Conselho de estabilização e associação com o país balcânico, uma reunião a nível ministerial e que decorreu pela primeira vez fora de Bruxelas, com o objetivo de demonstrar “a dedicação da UE num futuro comum”, segundo afirmou Borrell.
Montenegro, uma ex-república jugoslava com 620.000 habitantes, é membro da NATO e candidato à integração na UE, que em dez anos de negociações abriu os 33 capítulos previstos no processo, mas com apenas três encerrados.
No decurso da conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro montenegrino, Dritan Abazovic, e o comissário europeu para o Alargamento, Oliver Varhelyi, o responsável pela política externa da UE pediu ao Montenegro que se concentre mais nas reformas na área judicial, e no combate à corrupção e ao crime organizado.
“Não deve agora existir nada mais importante para o Montenegro que o caminho da UE, sobretudo neste momento em que existe a oportunidade para que o país seja líder nas negociações de acesso”, sublinhou Borrell.
O chefe da diplomacia comunitária também destacou a total consonância da política externa e de segurança do pequeno Estado balcânico com a UE, incluindo as sanções contra a Rússia devido à invasão da Ucrânia, e definida como “um dos sinais mais intensos da dedicação do Montenegro” em ingressar no bloco.
Para além do Montenegro, a Sérvia, um candidato em processo de negociações, a Albânia e a Macedónia do Norte, que aguardam a data para o início do processo, a Bósnia-Herzegovina, que pediu o estatuto de candidato, e o Kosovo, são os restantes países balcânicos que já afirmaram a intenção em aderir ao bloco comunitário.
Comentários