A alta-representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, que intervinha num debate no Parlamento Europeu em Estrasburgo, defendeu que permanecem em vigor os motivos pelos quais foi “boa ideia” assinar o acordo, e recordou que o Irão tem cumprido os seus compromissos, segundo as avaliações do Organismo Internacional de Energia Atómica.
“Não há uma melhor alternativa ao acordo”, disse taxativa Mogherini, que advertiu que “o mundo não se pode permitir uma corrida às armas, sobretudo o Médio Oriente”.
Federica Mogherini realçou os efeitos positivos a nível regional e global do acordo com Teerão, recordando que estes são benéficos também para os Estados Unidos.
A chefe da diplomacia europeia salientou o impacto que a retirada dos norte-americanos do acordo concluído em 2015 entre o Irão e o Grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – EUA, Rússia, China, França e Reino Unido – e a Alemanha) pode ter nas empresas europeias.
“Esta é outra questão que tem de ser abordada”, disse a política italiana, recordando que muitas empresas europeias se instalaram em Teerão de boa fé para fazer negócios e que agora estão a ser forçadas a abandonar o país para evitar as consequências das penalizações estabelecidas pelo Governo de Donald Trump.
Em maio, o Presidente norte-americano anunciou a saída dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irão.
Tanto os países europeus como a Rússia e a China criticaram a decisão norte-americana e manifestaram empenho em manter o acordo.
O acordo nuclear permitiu o levantamento gradual das sanções económicas e financeiras internacionais ao Irão em troca do compromisso de Teerão de limitar o seu programa nuclear para fins civis.
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