“Nos picos, [dias] 12 e 13, teremos cerca de 200 militares. Nos restantes dias (o dispositivo) é adaptado consoante as necessidades operacionais e o número de pessoas que temos previsto”, afirmou o comandante do Comando Territorial de Santarém da GNR, coronel Duarte da Graça, numa conferência de imprensa no Posto Territorial de Fátima, antecipando “uma grande peregrinação”, com “uma grande moldura humana”.
O coronel adiantou que se está a regressar aos “anos pré-pandemia”, realçando, contudo, que “os peregrinos que se deslocam a Fátima, hoje em dia, são muito mais espaçados ao longo do ano”.
“Essa era uma tendência que já vínhamos a apreciar há algum tempo, ainda pré-pandemia. Temos um ciclo evolutivo de as pessoas se deslocarem mais fora das grandes peregrinações, mas, mesmo assim, nas grandes peregrinações, a moldura é muito significativa”, declarou Duarte da Graça.
A operação “Peregrinação Segura 2024” está dividida em duas fases, a primeira iniciada no dia 04 e que termina no sábado; a segunda a partir de domingo e a acabar na terça-feira.
A capitã Lígia Santos, da Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR, explicou que a segunda fase “procura garantir a segurança das celebrações religiosas, também ainda focalizando os peregrinos que se encontram em deslocação, mas principalmente relativamente à área envolvente ao santuário”.
Nesta segunda fase, entre as valências empenhadas estão o trânsito, investigação criminal, inativação de engenhos explosivos, equipas cinotécnicas, ordem pública, sistema ‘antidrone’, operações especiais, e patrulhas apeadas, a cavalo e ciclo, além de um posto móvel da GNR nas imediações do santuário. Há também elementos da congénere espanhola Guardia Civil.
Lígia Santos referiu que no terreno vão estar igualmente “equipas que operam aeronaves não tripuladas, para deteção e vigilância”.
Esta responsável precisou que, além dos ‘drones’ de vigilância, haverá ainda a capacidade “anti ‘drone’”, para a deteção de ‘drones’ não autorizados a operar nesta área.
A este propósito, a capitã destacou que há “interdição do espaço aéreo, como acontece de resto nas outras operações deste género e nos grandes eventos” em que a GNR garante o policiamento.
O dispositivo hoje anunciado “atuará, preferencialmente, de forma preventiva e está preparado para todo o tipo de situações que eventualmente coloquem em causa a segurança quer dos peregrinos, quer dos demais visitantes”, assegurou, precisando que tem “três áreas de atuação principais, a garantia da segurança rodoviária e a fluidez de trânsito, a prevenção de ilícitos e um clima tranquilo para a realização da peregrinação.
O responsável do Comando Territorial de Santarém esclareceu ainda que a preocupação da GNR em investir em ‘drones’ “é sempre a segurança das pessoas e decorre daquilo que é a evolução da sociedade”.
Na peregrinação de 12 e 13 maio de 2023, a GNR registou 20 voos de ‘drones’ não autorizados e identificou cinco pilotos.
Na conferência de imprensa, foram renovados os conselhos de segurança para os peregrinos, com a GNR a recomendar para que cheguem atempadamente à cidade de Fátima, para “evitar filas prolongadas”, e para não deixarem bens à vista no interior dos veículos.
Após as cerimónias, a saída deve ser “calma e gradual”, para evitar as filas prolongadas, apelou o comandante do Destacamento Territorial de Tomar, alferes José Matos.
A peregrinação internacional de maio ao Santuário de Fátima, 107 anos depois dos acontecimentos na Cova da Iria, é presidida pelo cardeal Juan José Omella, arcebispo de Barcelona, Espanha.
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